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sábado, 7 de março de 2015

Você é preconceituoso, fundamentalista e partidário.

Todos somos preconceituosos, caso contrário, não repararíamos que o nosso vizinho é gordo, o lixeiro é negro, a recepcionista é loira.
Não pensaríamos que os japoneses são mais inteligentes, que os norte-americanos são viciados em junk food e loucos por dinheiro, nem acharíamos a Europa o berço da cultura e da civilização.
Se não fossemos preconceituosos não consideraríamos todos os politicos corruptos ( mesmo isso sendo verdade), não acharíamos que evoluímos nos ultimos 40.000 mil anos, nem que no tempo das nossas avós as coisas eram diferentes.
Preconceito é a cara diferenciada, mesmo quando você não tem consciência, a comparação que você faz mesmo sem querer.
Preconceito é o medo que transparece nas atitudes com as quais você tenta se diferenciar dos outros, para não ser parecido com todo mundo.

Admita que é preconceituoso e siga em frente.

Todos somos fundamentalista porque estamos sempre disposto a defender nossa posição de acordo com nossas crenças, sejam elas religiosas, políticas, sociais ou pessoais.
Os interesses da nossa vida e dos nossos círculos têm prioridade fundamental sobre todos os demais. Se preciso estamos dispostos a lutar para defender nosso quinhão de felicidade (seja lá o que isso significa), mas significa tanto, que ser feliz é uma parcela significativa na nossa esfera de consciência.
Somos fundamentalistas nas necessidades de amor, compreensão, reciprocidade e nos processos mentais de análise e estruturação.

Admita que é fundamentalista e siga em frente.

Todos somos partidários, porque nossa estrutura bípede, espelhada, com um cérebro dividido, nos torna bipolares, oscilando eternamente entre o racional que desejamos ser e o emocional que de fato somos.
Ser emocional não é necessariamente mau/mal a não ser que conflite com o bom/bem, mas infelizmente somos o resultado prático desta dicotomia, obrigados eternamente a escolher uma face social que nos represente como indivíduos.
Somos partidários, porque só podemos ser uma coisa a cada tempo, mesmo que iludidos da universalidade e grandeza do nosso pensamento. Uma escolha de cada vez, sem benefício do reboot e tendo que arcar com as consequências de erros e acertos.

Admita que é partidário e siga em frente.

Fomos condenados a viver esta existência (por quê, por quem) meio louca, agrupados por nossos medos, tendo que defender cada passo, cada inalação, cada gole, divididos entre as necessidades do nosso ser íntimo e nosso destino como raça, e infelizmente, até prova em contrário, “não teremos uma segunda oportunidade sobre a face da terra” (Cem anos de Solidão, Gabriel Garcia Marquez)

Admita que é humano e siga em frente.