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terça-feira, 2 de maio de 2017

FUNGOS- AFINAL, ALIADOS OU INIMIGOS DAS PLANTAS?

Um dos grandes pesadelos das pessoas que cultivam plantas e flores é vê-las serem atacadas por fungos que causam doenças e a morte do exemplar. Contudo , nem sempre a presença dos fungos significa riscos para as plantas. O que muita gente não sabe é que desde o nascimento elas se associam a fungos de maneira benéfica, favorecendo a germinação da semente e seu bom desenvolvimento, sem falar que o tipo de fungo que se associa a ela vai defendê-la contra ataques de outros fungos. Os fungos que agem a favor das plantas são as micorrizas, que se alojam no sistema radicular da planta e potencializam a eficiência das mesmas aumentando a absorção de nutrientes e água. As micorrizas vivem em simbiose com a planta. Isso é chamado de protocooperação,que é uma relação vantajosa para dois ou mais organismos que vivem juntos e são de espécies diferentes. As micorrizas possuem filamentos, ramificações que são chamados de hifas.  Essas ramificações funcionam como uma extensão das raízes aumentando o tamanho delas e facilitando a absorção de nutrientes. Mesmo aqueles que são pouco solúveis e de baixa mobilidade - como o fósforo-P - por meio das hifas esse tipo de nutriente é facilmente absorvido. Existem fatores que podem afetar diretamente as micorrizas no cultivo domestico, que são entre outros o excesso de adubação e também de defensivos.                                                                                                                               HIFAS  




MAS ENTÃO QUAIS OS VERDADEIROS VILÕES?







FUNGOS
Fungos oportunistas podem se alojar por meio de esporos, que são suas sementes, tanto na parte aérea como no sistema radicular. Os mais comuns são:
Phytophthora cactorum- podridão negra
A podridão negra, por ser um fungo muito agressivo, a ação deve ser rápida e não existe garantia de salvamento, começa na folha, vai descendo pelo bulbo em direção ao rizoma e em questão de dias mata a planta! Por isso se for constatado deve ser retirada a parte atacada com instrumento de corte devidamente esterilizado, eliminando junto o fungo patógeno!
Colletotrichum gloesporioides- causa a doença antracnose

 





fusarium oxysporum causa a doença cabela seca ou murcha do fusarium





Mofo cinzento, Botrytis cinérea - é um fungo, que é favorecido pela alta umidade em conjunto com a baixa ventilação e temperaturas baixas. Ataca exclusivamente as flores.







Sphenospora kevorkianii - causa a doença ferrugem
Cercopora odontoglossum - causa as manchas nas folhas do grupo oncidiinae.
Eles vivem de consumir a planta viva, pois são patógenos causadores de distúrbios nas plantas, afetando os bulbos folhas e flores. São causadores de doenças sérias que se não identificadas e tratadas a tempo causam perdas irreparáveis a qualquer coleção. Por isso a melhor medida a ser feita quando observado algo de errado com a planta é tira-la de perto para não contaminar as outras orquídeas. O primeiro combate é feito rapidamente utilizando instrumento devidamente esterilizado retirando as partes atacadas. Se forem apenas pintas no começo, utilize uma chave Philips velha ou algo similar: esquente até avermelhar a ponta e queime as pintas matando o foco do fungo.

PRAGAS
Pragas mais comuns em orquídeas e seu combate natural
Um dos maiores pesadelos dos colecionadores de orquídeas é ver seus exemplares serem atacados por pragas, comprometendo sua saúde e beleza, e em casos mais sérios levando a planta à morte. Toda a planta tem naturalmente sua defesa, por isso além de tentar ajudar a planta a se recuperar com algum defensivo natural ou não, o segredo para minimizar esse mal é tentar descobrir o que está errado no cultivo, e o que as está debilitando, tornando-as vulneráveis a este tipo de ataque. Pouco importa qual o veneno você usar para salvar a planta, se ela for bem cultivada e nutrida não sofre com doença ou praga nenhuma, então na verdade não precisa de remédio nenhum. No meio da floresta este tipo de problema não acontece, porque lá a planta está adaptada e consegue tudo o que precisa no meio em que está. Alguns dos fatores que mais prejudicam o cultivo de orquídeas nos orquidários domésticos, são os excessos de umidade, falta de nutrição adequada e falta de luminosidade.
Fungus gnatis (Bradysia spp.) = óleo de Neem
É uma praga que ataca as orquídeas ainda quando é apenas larva. O termo fungus gnats é utilizado porque esse inseto normalmente se alimenta de fungos encontrados no solo. Os adultos são mosquinhas de pouco mais de 2 mm, que possuem asas escuras e antenas longas. Esses insetos possuem dificuldade em voar, permanecendo próximas dos substratos ou bancadas das casas de vegetação. Água demais num substrato pouco drenado. Esse ambiente é tudo o que as fêmeas do inseto procuram como incubadora para seus ovos.  Cada fêmea coloca cerca de 150 ovos no substrato, entre 3 e 4 dias eclodem as larvas, que são delgadas com a cabeça preta e corpo liso semitransparente revelando o conteúdo do trato digestivo. O desenvolvimento dessas larvas é de aproximadamente 14 dias. Durante esse período além do dano direto nas raízes o ataque desse inseto pode deixar as mudas mais vulneráveis a doenças, pois abre buracos e galerias nas raízes da planta. As moscas adultas também podem causar prejuízos atuando na disseminação de fungos fitopatogênos na plantas. Um problema relacionado a essa praga é que os sintomas de seu ataque normalmente são confundidos com a ocorrência de doenças, o que dificulta o diagnostico.
Tenthecoris bicolor Scott - baratinha ou percevejo
Conhecido popularmente como baratinha ou percevejo, este inseto faz um estrago nas folhas ocasionando esbranquiçamento em vários pontos formando pequenas manchas brancas lado a lado que deixam a folha feia e uma porta de entrada para ataque de outros patógenos (fungos) nas plantas atacadas.Costumam surgir em colônias e gostam de sugar principalmente os brotos e as folhas jovens das plantas, porque são mais fáceis de furar. Adoram as Cattleyas, laelias e epidendruns em pleno habitat. O Tenthecoris, ao visualizar a presença humana em distancia de até três metros, foge em disparada se escondendo por debaixo das folhas da planta, podendo ir por entre a fibra no vaso, quando se sente ameaçado e esta em fase adulta, pode até alçar vôo impossibilitando a sua captura. Apesar de sua difícil visualização em orquidários com mais de cem plantas, o seu combate é barato e simples em orquidários de pequeno porte, é só preparar uma solução de sabão liquido neutro, em uma proporção de 500 ml de água por 5 ml de sabão e com uma bombinha comum encontrada no comercio, aplicar diretamente na folha e no inseto danoso. Em poucos minutos veras que os mesmos terão morte instantânea. Imediatamente pegue uma escova de dentes usada e passe-a nas folhas atacadas pelo inseto até a mesma ficar livre das manchas esbranquiçadas e fezes do inseto, pois é nesta parte atacada que permanecem os ovos dos mesmos e que depois de eclodidos podem se espalhar por todo o orquidário. Em seguida lave toda a planta com água, pois se exposta muito tempo ao sol pode queimar a planta.. Também existem produtos no mercado que evitam  o ataque deste e outros insetos, mas cuidado alguns são altamente tóxicos podendo causar danos à saúde, por isso caso queira aplicar procure uma pessoa especializada no assunto.
afideo (pulgão)
Os pulgões são insetos sugadores capazes de se multiplicar rapidamente. Eles se alimentam da seiva das plantas, perfurando os vasos condutores.  Além dos prejuízos diretos, os pulgões ainda são transmissores de doenças entre as plantas e favorecem o surgimento de fungos. Seu ciclo reprodutivo é bastante interessante, sendo que nos meses mais quentes do ano as fêmeas produzem outras fêmeas partenogeneticamente, isto é, sem fecundação e de maneira vivípara. Os pulgões podem apresentar diversas cores, de acordo com a espécie, entre o marrom, o verde, o amarelo, o vermelho, o cinza e o preto. Os principais predadores naturais dos pulgões são as joaninhas, besouros e vespas, mas há inúmeros outros animais capazes de predá-los. Algumas espécies de formigas utilizam o que os pulgões excretam e por este motivo protegem-nas dos predadores.O combate do pulgão é feito de forma natural com a catação manual , limpeza com escova de dentes e morte dos indivíduos, e aplicações de óleo de Neem.
tripes (Thysanoptera) (lacerdinha)
Tripes é constituída por mais de 5000 espécies. Devido ao tamanho diminuto do seu corpo (0,5 a 10 mm), eles são difíceis de serem vistos e, quando encontrados, sua identificação é complicada. O modo de alimentação dos tripes é do tipo raspador-sugador. O aparato de alimentação é especial, consistindo de uma mandíbula e duas maxilas, formando um estilete alongado. Larvas e adultos usam a mesma técnica de furar e sugar para a sua alimentação. A mandíbula abre um buraco através do qual os estiletes mandibulares penetram na célula. O processo de alimentação dos tripes resulta em uma série de sintomas: prateamento (resultado da entrada de ar nas células vazias), pequenos ferimentos no tecido afetado e desenvolvimento de tecido endurecido em alguns frutos. Os tripes ovipositam em tecido jovem de folhas, caule, flores e frutos. O ciclo de vida dos insetos é composto de ovo, duas fases larvais, duas fases de pupa e o adulto. O óleo de Neem e iscas de cola de cor azul matam os adultos, sendo que o óleo de Neem mata os ovos.
Cochonilhas
Os Coccidae (coccídeos) são uma família de insetos pertencentes à superfamília Coccoidea.
cochonilha (Coccidae)  cochonilha algodão                                         
Bem mais de cem espécies diferentes de insetos sugadores de plantas e orquídeas.
São em geral conhecidos por cochonilhas, cochinilhas, escamas, lapinhas, piolhos de plantas ou piolhos dos vegetais. As fêmeas são achatadas com corpos ovais, por vezes coberto com uma cera (essas cobertas por cera são difíceis de combater pois a cera protege o inseto, é preciso uma escova de dente molhando em uma solução de sabão e água para arrancar ela da parte atacada (mesma receita 5ml de sabão para 500ml de água). Em alguns dos gêneros as fêmeas possuem pernas, mas outras são desprovidas de pernas e as antenas podem ser encurtadas ou ausentes. Os machos podem ser alados e copulam com muitas fêmeas que depois não param mais de produzir filhotes. Enquanto sugam a planta excretam uma substancia adocicada que é apreciado pelas formigas que ficam de pajem cuidando e recolhendo o “néctar” enquanto os insetos não param de sugar, inclusive as formigas é que mudam as cochonilhas de lugar na planta, e levam elas os que nascem para outras partes da planta ou até para outras plantas. As cochonilhas não consegue se locomover. Na minha opinião tanto o inseto como a formiga fazem o papel que lhes cabem e não sabem que a orquídea tem dono...Só que tem um porem nessa historia, os ataques severos dessa praga só ocorrem se a planta já estiver desnutrida... não conseguindo se defender.
Aqui podemos citar alguns nomes destes insetos que são de alguns milímetros: Diapsis boisduvalii Signoret, Parlatoria proteus Curtiss, Chrysomphalus fícus Ashmead, Arterolecanium epidendri Bouché, Niveaspis cattleyae Lepage, Coccus pseudohesperindum Green., e Icerya brasilienses Hempel.
formiga
Plantas sadias costuma saciar a “fome” das formigas soltando pequenas gotículas de seu mais precioso néctar, fazendo assim uma sadia parceria onde a planta fornece para a formiga o seu néctar e as formigas defendem a orquídea de ataques de praga. Muito interessante observar o equilíbrio da natureza em duas situações distintas onde a formiga trabalha para manter esse equilíbrio. Nunca acreditei que as formigas fossem prejudiciais as plantas e observando e cultivando orquídeas aprendi que a formiga atua conforme a condição da planta, se estiver debilitada e a morte for um caminho natural ela acelera esse processo reciclando e tornando sustentável o meio. Mas se a planta estiver saudável e bem nutrida, a formiga apenas recolhe seu “pagamento” e nada faz a planta.


Para evitar o aparecimento além de adubar corretamente as suas plantas, você poderá fazer o seguinte:
-Observe o local de cultivo e tente fazer diminuir a umidade do local, regando mais espaçadamente, aumentando a distancia entre os vasos permitindo que a ventilação melhore, mantendo limpa o local de cultivo e bancadas, pode até pendurar as plantas dificultando para as formigas e outras pragas.
- observar periodicamente as plantas, principalmente as que floriram recentemente e provavelmente estão com as reservas baixas, pois a floração exige muita energia da planta que acaba ficando mais frágil nesse período.
-Cortar a espata ou haste que estiver sem flores e secando.
-Retirar com escova de dente as palhas secas do bulbo da planta, pode ser com a solução de 5ml de sabão neutro para 500ml de água.
-Não se esqueça que as Cochonilhas gostam de orquidários com muita umidade, pouca ventilação e pouca iluminação.
O controle desta praga poderá fazer com o óleo de Neem. O óleo é diluído em água conforme receita na embalagem do produto e aplicado com aspargidor. Ele mata os ovos, esteriliza os insetos adultos evitando que procriem.
Só a solução de sabão não evita que a praga volte.

CARACÓIS E LESMAS
 Lesma  Caracol                    

Caracóis são os moluscos gastrópodes terrestres de concha espiralada calcária, pertencentes à subordem-Stylommatophora, que também inclui as lesmas.  São animais com ampla distribuição ambiental e geográfica. Respiram através de um pulmão e possuem hábito noturno, abrigando-se durante o dia em lugares escuros e úmidos onde vivem e depositam seus ovos que parecem uma massa translúcido, cuja coloração varia do creme ao amarelo-brilhante.
O nome "caracol" vem do latim cochleolus e, no Brasil e em certas partes de Portugal, é usado principalmente para as espécies terrestres, enquanto que as espécies aquáticas são chamadas caramujos. As diversas espécies de caracóis se distinguem especialmente pela concha que é, na verdade, o esqueleto externo do animal. Essa concha é feita de calcário, e pesa pouco mais de um terço do peso total. A espécie Achatina fulica, caramujo-gigante-africano foi introduzida de forma ilegal no Brasil e é o maior da espécie, mas geralmente as espécies que atacam as orquídeas são bem menores difíceis de ver durante o dia.Os caracóis são essencialmente herbívoros e se alimentam de restos vegetais. Quando no orquidário eles se alimentam das partes das orquídeas, brotos folhas e principalmente ponta das raízes, causando um estrago pois a raiz para de crescer alem de ficar uma porta aberta para o ataque de fungos. O combate a essa praga é com lesmecida que pode ser molhado e é biodegradável, e basta o caracol ou a lesma tocar para morrer envenenado. Iscas de chuchu e cerveja costuma atraí-los mas não acredito que esse combate seja eficaz para acabar de vez com eles do que o lesmecida. Eu tenho hábitos naturais no meu cultivo e não gosto de usar nada muito perigoso em minhas orquídeas, pois tenho animais também.
ONISCIDEA (tatuzinho de jardim)
Um inseto de hábitos terrestres, frequentemente encontrados em jardins. Adora ficar debaixo de alguma coisa...rs!! Então eles adoram um substrato...ainda mais quando se tem comida!! Sua aparência inofensiva mascara um ativo predador de raízes, pois, vivem sempre ocultos sob a proteção do substrato. Quando constituem pequenas colônias não causam grandes grande estrago, porém, quando proliferam exageradamente por causa do substrato velho, podem causar sérios danos às raízes das plantas devorando-as avidamente. Quando molestados se enrola unindo suas extremidades ficando com uma forma arredondada como se fossem uma bola tendo o nome popularmente conhecido com “tatuzinho” ou tatuzinho-bola”.  Vivem escondidos no substratos do vaso de orquídeas, se alimentando das raízes das orquídeas e causando grandes danos. Podem serem vistos facilmente  mergulhando o vaso em um balde por uns vinte minutos onde os insetos que estiverem no vaso vão sair de dentro do vaso e subir em cima da planta fugindo de ficar debaixo d’água!
 Nesse momento é a melhor hora de combatê-los fazendo uma catação manual à medida que forem subindo para fugir do alagamento...
O problema começa sempre pelo substrato sem esterilização que se usa para replantar as orquídeas,ou então as plantas que vem de orquidários e exposições, onde não é feito a quarentena da nova planta para observar se não tem nenhum problema ou praga antes de colocar perto das outras.
FITONEMATÓIDES OU NEMATÓIDES PARASITAS DE PLANTAS                      nematoide        
Nematoides causam estragos que, a curto ou longo prazo, levam a planta à morte. A reação contra os nematoides varia de planta para planta. Ela pode até não morrer, se as condições lhe forem favoráveis, mas ficará raquítica e não dará flores. Segundo os especialistas, existem cerca de 5.000 espécies de nematoides parasitas de plantas. O mais comum em orquídeas tem aspecto de lombriga, cor branca translucida e tamanho da ordem de décimos de mm e quando colocados sobre uma lâmina de um microscópio de baixo aumento com uma gota d’água, serpenteiam, como minhocas. Outros têm anéis e se movem se esticando e se encolhendo, como lagartas. Eles atacam qualquer parte da planta, mas, em geral, iniciam seu ataque pelas raízes que começam a apodrecer...Atacando as raízes das plantas deixam a porta aberta para o ataque de fungos e bactérias, onde na maioria das vezes, o cultivador só percebe que as raízes estão apodrecidas quando a planta está amarelando as folhas. Esta podridão é distinguível da podridão negra (causada pelo fungo Pythium), porque o ataque do nematoide é somente nas raízes.
ÁCAROS

Vários ácaros são relatados atacando orquídeas porém, o de maior frequência é o Tetranychus urticae conhecido também como ácaro rajado ou ainda ácaro de teia. Mede 0,5 mm de comprimento e frequentemente as fêmeas apresentam dois pares de manchas escuras no dorso. Formam colônias compactas na página inferior das folhas e recobertas com grande quantidade de teias.
Preferem tempo quente e seco. Ocasionam clorose e/ou prateamento foliar sendo que altas infestações podem ocasionar morte da planta.
O aumento da umidade ajuda a combater essa praga. Ácaros são favorecidos pelo tempo seco e quente, por isso o combate a essa praga começa com o aumento da umidade dificultando a vida do inseto.
A outra ação mais natural de combate é feita pelo óleo de Neem.



CERATAPHIS LATANIAE BOISDUVAL
Praga comum nos orquidários, muito confundido com a cochonilha, este inseto localiza-se de sua preferência em brotos folhas e espatas florais, onde vive em simbiose com as formigas que ao mesmo tempo as protege (Cerataphis) esta praga e considerada não muito danosa às plantas e o seu combate pode ser feito como o das “baratinhas” (veja Tenthecoris bicolor).


DEFENSIVOS NATURAIS (RECEITAS CASEIRAS PARA COMBATER PRAGAS NAS PLANTAS)

CEBOLA
No caso da murcha do fusarium o tratamento mais natural é feito com a cebola. Pique 200grs de cebola com casca e tudo em um litro de água, deixe 10 dias , coe e coloque a planta de molho 12 horas. Pode ser replantada, recebendo aplicações de cálcio e enraizador.

CEBOLA COM ALHO E PIMENTA – Combate pulgões e qualquer cochonilha e maria fedida. Pegue uma cebola, uns quatro dentes de alho, uma colher de sopa de pimenta do reino ou uma colher de sopa de pimenta malagueta com um pouquinho de água apenas para bater no liquidificador. Esprema e deixe macerar por uma semana, depois dilua em 10 partes de água.  

CRAVO da ÍNDIA
Em chá ou infusão: 10 cabecinhas de cravo da índia, e deixe a planta de molho 24 horas. Regue regularmente.

CANELA
A canela é um poderoso fungicida também podendo ser usada em lascas. Fazendo um chá bem forte e diluindo em um balde a aplicado em toda a planta e substrato até escorrer por baixo do vaso.

ALHO
O alho também tem propriedades fungicidas. Num tratamento mais eficaz contra vários tipos de fungos esses fungicidas naturais podem ser usados em conjunto, e aplicados semanalmente. No período de tratamento evite molhar as partes atacadas evitando que se propaguem por meio de esporos (sementes) presentes nas manchas foliares e que são lançados junto com a água indo parar em plantas que estiverem por perto.

CALDA DE SABÃO E ALHO
Combate cochonilhas brancas ou com carapaça e pulgões - Amasse 3 dentes de alho e misture com uma colher de sopa de sabão de coco em raspas ou em pó. Dilua em 1 litro de água quente. Agite bem. Deixe esfriar. Coe e coloque no pulverizador. Borrife sobre os insetos. Se a infestação for grande, repita na semana seguinte. O produto pode ser armazenado por até dois dias. Controle: limpeza manual com algodão úmido e utilização de inimigos naturais (joaninhas).

ÁGUA E SABÃO

ÓLEO DE NEEM
O óleo de Neem é natural extraído de uma árvore de mesmo nome e atua também como fungicida, podendo ser usado como prevenção ao ataque de fungos. O Neem é usado no controle de mais de 418 tipos de insetos!!!

REFRIGERANTES COM SAL
Combate lesmas e caracóis. Pegue um pouco de refrigerante (pode ser aquele que está choco) e despeje em uma tampa de garrafa pet a do próprio refrigerante com a metade da tampa com sal de cozinha, agora deixe sobre o substrato do vaso de orquídea. O cheiro adocicado do refrigerante atrairá a lesma ou o caracol que ao ingerir morrerá desidrato.
Obs.: Coloque à noite, pois estas pragas têm hábitos noturnos.

FOLHAS DE MAMÃO – Combate pulgões e qualquer cochonilha e maria fedida – Duas folhas de mamão com talo, pica e adiciona um litro de água, bate no liquidificador e côa.

CHÁ DE LOSNA - Combate de lagartas e lesmas - Coloque 30 g de folhas secas de losna em 1 litro de água. Ferva por 10 minutos. Esfriar. Coe em um pano, torcendo para extrair o princípio ativo.
USO: dilua essa quantidade em 10 litros de água e pulverize.

ÓLEO MINERAL OU VEGETAL – Combate cochonilha com carapaça, insetos e algumas doenças fúngicas - Diluir (1) parte de óleo (soja, etc.) em 100 partes de água. Ex: 1 ml de óleo 100 ml de água. Pulverizar sobre a planta.

BICARBONATO DE SÓDIO – Combate a antracnose e o míldio. Diluir em 4 litros de água uma colher de chá de bicarbonato e 2,5 colheres de óleo vegetal, bata bem, em seguida, adicione meia colher de chá de sabão em pó. Aplicar semanalmente até que a doença desapareça.

CALDA DE FUMO E SABÃO – Combate de percevejos, besouros, pulgões, cochonilhas e trips. Ferver 100 mg de fumo de corda em 2 litros de água por 5 minutos. Esfriar. Coar esse preparado e misturar com 2 colheres (sopa) sabão de coco em pó. Acrescentar 2 litros de água. Misturar bem. Aplicar sobre as plantas atacadas.
Obs.: Não é o mais indicado para orquídeas.

SULFATO DE COBRE – Combate doenças fúngicas e bacterianas. Diluir em 1 litro de água, 2 colheres (café) do sulfato. Pulverizar a cada 15 dias. Cuidados: Não aplicar em temperatura acima de 32ºC. Não aplicar em plantas com flor. Proteja folhas e rizomas.

CANELA EM PÓ – Combate fungos (podridão negra). Coloque canela em pós no substrato e planta.
A canela em pó induz a Phalaenopsis a produzir brotos.

PASTA SELANTE – Para combater infecções nas feridas após corte e podas das plantas.
1 colher de chá de vaselina
10 gotas de própolis
1 colher de chá de canela em pó
Misture tudo e está pronto uma pasta selante e cicatrizante.

ISCAS
Isca azul,
isca de chuchu
Saco de estopa umedecido em cerveja.






LIMPEZA DO SUBSTRATO
Método 1. Ferva o substrato  em um latão de 18lt ou deixe-o de molho em um recipiente com água e água sanitária, na proporção de 1L de água por 50 ml de água sanitária.
Método 2. Coloque no microondas por 5 minutos. Para pequenas porções.
Obs.: Aplique inseticida caseiros nos horários mais frios.

BOM CULTIVO!